• abril 5, 2024
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Vacina contra a dengue: Minas recebe novas doses

Vacina contra a dengue: Minas recebe novas doses

Municípios das microrregiões de saúde de Betim, Uberaba e Uberlândia recebem as vacinas nos próximos dias para imunizar crianças e adolescentes de 10 a 14 anos

 

Vacina dengue
O Ministério da Saúde enviou novo lote da vacina QDenga: foram 37.924 doses recebidas desta vez (Foto: Fábio Marchetto)

 

 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recebeu, nesta quinta (4), nova remessa com 37.924 doses da vacina contra a dengue para ampliar a vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade no estado. Os imunizantes chegaram na Central Estadual da Rede de Frio e já estão em processo de distribuição para as Microrregiões de Saúde de Betim, Uberaba e Uberlândia/Araguari.

 

 

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Os critérios definidos pelo Ministério da Saúde para a priorização das regiões que vão receber as vacinas seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e da Organização Mundial de Saúde, como ter pelo menos um município de grande porte, ou seja, com mais de 100 mil habitantes, ter alta transmissão de dengue registrada no último período sazonal, e maior predominância do sorotipo DENV-2.

 

 

“Os municípios receberão essas doses de imediato. Já encaminhamos as vacinas para Betim e, nesta sexta-feira (5), serão distribuídas para o Triângulo Mineiro, para os municípios elencados das microrregiões de Uberaba e Uberlândia. A orientação é que os municípios iniciem a vacinação no público-alvo o mais breve possível e que sejam estabelecidas estratégias que permitam que pais e responsáveis levem seus filhos para se vacinar, como abrir as salas de vacinação aos finais de semana e feriados”, destaca o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.

 

 

Primeiras doses da vacina

 

Minas Gerais recebeu a primeira remessa das vacinas, com 78.790 doses, em fevereiro deste ano com validade até junho de 2024.  O estado já recebeu 50.426 doses, de acordo com o Painel de Vacinação do Calendário Nacional do Ministério da Saúde.

 

 

O número estimado de crianças de 10 a 14 anos de idade, nos 52 municípios mineiros contemplados com a vacina, de acordo com o Censo 2022, é de 330.162, e a meta da vacinação é atingir pelo menos 90% do público-alvo.

 

 

“É importante que a gente consiga atingir 100% da vacinação, porque a vacina, a médio prazo, eliminará as situações de emergência em saúde pública. A vacina é eficaz, é segura e salva vidas e, mais uma vez, reforçamos a importância de levar as crianças e adolescentes à Unidade de Saúde mais próxima para aproveitar as vacinas que estão disponíveis e são gratuitas”, salienta o subsecretário.

 

 

As novas doses da vacina QDenga têm validade até 20/01/2025 e, caso seja identificado o risco de perda por vencimento da validade de alguma das remessas, a SES-MG informará ao Ministério da Saúde para que sejam verificadas novas estratégias para evitar o descarte.

 

Sobre a dengue

 

A dengue é uma arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. Essa doença tem desafiado, ano após ano, a saúde pública do país. A primeira tentativa com vacinas para tentar frear a proliferação do mosquito Aedes aegypti foi com a Dengvaxia, desenvolvida pela farmacêutica Sanofi, e aprovada em 2015 por várias agências regulatórias globais, incluindo a Anvisa.

 

 

“A dengue causa inicialmente uma inflamação, sintomas de febre, dor de cabeça e dores no corpo. Mas o que é preciso estarmos mais atentos é com as pessoas infectadas com o vírus pela segunda vez, pois têm um risco significativamente maior de desenvolver doença grave. Por isso, essa vacina disponibilizada pelo SUS é de extrema importância”, ressalta Cristiano Galvão, infectologista do Hospital Vila da Serra.

 

 

O infectologista informa que a nova vacina, a Qdenga, prioriza, inicialmente, a população de 10 a 14 anos por ser um público-alvo que não teve exposição à dengue tipo 3.

 

 

“Temos uma parcela significativa da população com até 15 anos que não foi exposta, porque o tipo 3 apareceu pela última vez em 2008. Isso os torna suscetíveis à infecção por esse vírus, por isso, o público prioritário será esse estipulado pelo Ministério da Saúde”, explica.

 

 

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