• maio 25, 2025
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Plop Champagne: A Maison Belle Époque

Plop Champagne: A Maison Belle Époque

Arte, champagnes de prestígio e gastronomia estrelada em um dos lugares mais icônicos da França

Maison de Champagne Perrier-Jouët
Nada como um brinde no salão de almoço na Casa Belle Époque, que pertence a Maison de Champagne Perrier-Jouët, em Épernay (Fotos: Arquivo Pessoal)

 

Luisa Fonseca

Já pensou em um almoço regado a champagnes renomadíssimos, cercado pelo maior acervo particular de obras de arte do período da Art Nouveau da Europa? E com vista para um jardim que te leva em uma viagem pelo tempo e parece te desconectar do mundo por alguns minutos? Pois foi essa tarde indescritível que vivi na Casa Belle Époque, que pertence a Maison de Champagne Perrier-Jouët, em Épernay.

Com obras de renomados artistas- que geralmente são encontradas apenas atrás de cordas e vidros em museus, é como se estivéssemos de volta ao período da Belle Époque. A honra de ser recebida com um café em cadeiras esculpidas por um dos mais renomados designers de móveis da época, Louis Majorelle, é de tirar o fôlego. Ele foi o responsável pelas escadarias das Galeries Lafayette, em Paris.

A experiência que vivemos a convite da Maison, começou em um tour pelas obras de arte e suas magníficas histórias. Flutuamos entre preciosidades como as mesas de madeira talhadas por Emile Gallé em formato de libélulas e esculturas como o “Eternal Spring” de Rodin, presente dos funcionários em celebração ao centenário da Maison em 1911. Peças como a estonteante luminária dourada de Raoul Larche, que mais parece um tecido fluido do que uma escultura de bronze e ouro, e meu quadro favorito: uma pintura de Yvette Guilbert, que performou no Moulin Rouge, pintada pelo grande nome de Montmartre na Belle Époque, Toulouse-Lautrec. Esses são apenas alguns dos meus favoritos, mas são centenas de esculturas, pinturas e peças perfeitamente esculpidas que nos deixam sem palavras.

Depois do tour pela casa, descemos para as belíssimas caves, com acesso por dentro da casa. Um mundo de calcário, e claro, mais obras de arte. São caves sutis, elegantes e super exclusivas. Você se sente realmente em casa, cercado pelas lindas garrafas decoradas com as famosas anêmonas japonesas, descansando por seus longos anos, para nos proporcionar o néctar que são os cuvées Belle Époque, a linha de prestígio da Perrier-Jouët.

Ao retornar das úmidas e calcárias caves, foi hora de revisitar os rótulos Grand Brut, Blanc de Blancs e Rosé, no elegante bar da Maison.

O bar de muranos é um charme à parte: com o teto repleto de peças que remetem ao fundo das garrafas de champanhe, feitas em murano, por uma artista japonesa. E como se não bastasse, como uma das mais recentes aquisições da Maison, uma coleção de taças, de todos os tipos, cores e formatos, que não são somente um acervo de prateleira: nós fomos convidados a escolher nossa favorita para degustar um belíssimo Perrier-Jouët Blanc de Blancs nos jardins da Maison, antes do nosso emocionante almoço.

A movimentação da equipe era intensa. Podíamos ver por algumas brechas nos vidros, o balé que acontecia na cozinha e no salão para nos receber.
Fomos convidadas ao salão que seria nosso almoço 13 estrelas Michelin. Isso porque, o chef embaixador da Belle Époque é ninguém menos que Pierre Gagnaire. Ele possui diversos restaurantes estrelados pelo mundo, somando essas 13 estrelas. O chef executivo da Maison, que executou com perfeição cada detalhe do almoço, é o também renomado Sébastien Morellon.

Fomos recebidas por uma mesa florida com flores frescas brancas, amarelas e verdes, que traziam o jardim para dentro do salão. E não era qualquer salão. Cada parede era coberta por painéis talhados em couro. Um conjunto de 12 painéis decorativos em couro em relevo, com temas ligados à natureza, como lírios, folhas de castanha e cardos acentuados em ouro, e emoldurados em couro mais escuro. Este couro em relevo, pintado à mão, é comumente chamado de “couro cordovan” ou “couro dourado”, proveniente de Córdoba, na Espanha.

O menu, composto de cinco tempos, nos abrilhantou com iguarias preparadas com maestria. Abrimos o almoço com Perrier-Jouët Blanc de Blancs, harmonizando três belíssimos pratos: crudo de dourado com carpaccio de Choco (uma espécie de sépia, como se fosse uma lula), molho de mexilhões e champagne. Na sequência, um belíssimo prato de carne de caranguejo com algas marinhas selvagens das costas de Croisic surpreendeu nossa harmonização. O terceiro: Caviar Ossetra, pérolas japonesas em tinta de lula e xarope de beterraba vermelha encerrou com perfeição o primeiro tempo.

Na sequência, degustamos Belle Époque Blanc de Blancs 2017, harmonizado divinamente com caule de aspargo branco, cenoura em suco de cenoura, ravióli recheado com ricota e “Argenteuil velouté”, que é um creme de aspargos. O primeiro principal veio ao lado de Belle Époque Brut 2015: um linguado na manteiga, véu de yuzu (fruta cítrica) e molho de morilles (um famoso cogumelo, muito comum na França) e azedinha.

Para o segundo principal, degustamos um filé de vitela assado com ajowan (tomilho indiano) e alcaravia (cominho), deglaçado com suco de laranja sanguínea e uma berinjela impecável. Ao lado, uma surpreendente folha de batata com polpa de tomate cristalizada complementou o último tempo salgado. Harmonizado com Belle Époque Rosé 2014, um champagne elegante e sutil, que seguiu em taça para receber também a sobremesa. Uma calda de morango, morangos frescos, creme de açafrão e crocante. Essa foi a harmonização favorita de Séverine Frerson, a chef de cave da Maison, de champagne com sobremesa, de todas degustadas até hoje. É realmente surpreendente e totalmente indescritível. Um almoço que nos arrancou suspiros e, literalmente, lágrimas de emoção e de lembranças afetivas.

Inesquecível!

 

Para mais fotos e detalhes dessa experiência, acompanhem no Instagram @plop.champagne

 

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