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- junho 6, 2025
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Impressões ao dirigir: o elétrico chinês que surpreende ao volante

Com proposta futurista, Omoda E5 entrega bom desempenho e tecnologia embarcada por um preço que bate de frente com eletrificados concorrentes

Humberto Filho
Com a eletrificação ganhando força no Brasil, não faltam estreias interessantes — mas poucas chamam tanto a atenção quanto o Omoda E5, o novo SUV elétrico da submarca da Chery. A proposta é ousada: entregar design futurista, bom desempenho e tecnologia embarcada por um preço que bate de frente com híbridos e elétricos compactos. E a surpresa? Ele entrega.
O CIDADE CONECTA fez um test-drive do modelo, cedido gentilmente pela concessionária Euroville Omoda/Jaecoo de BH. Sinceramente, não dá mais para subestimar os chineses. O E5 mostra que já estamos em uma nova fase da indústria automotiva.
O design deste elétrico é um dos pontos altos. A dianteira limpa, com faróis full LED integrados ao para-choque e o capô com vincos marcantes, transmitem modernidade e até um certo “ar premium”. Na traseira, o visual é igualmente arrojado, com lanternas conectadas e acabamento refinado.
A cabine traz duas telas de 12,3 polegadas que formam um painel integrado que domina o interior, com interface limpa e bem responsiva. Os bancos têm bom apoio lateral, acabamento em couro sintético e ajuste elétrico. Detalhe: o carregador por indução é rápido, e o carro ainda traz um belo teto solar panorâmico.
Agora vamos ao que interessa: como ele anda? A resposta é simples — surpreendentemente bem. O motor entrega 204 cv e 34,7 kgfm de torque direto nas rodas dianteiras. A aceleração de 0 a 100 km/h fica na casa dos 7 segundos. Em um SUV urbano de 1.700 quilos – isso é respeitável.
Mas o mais impressionante é como ele entrega esse torque: tudo de forma suave, silenciosa e controlada. A direção elétrica é leve e precisa, e o rodar transmite confiança, mesmo com o centro de gravidade um pouco elevado.
Há três modos de condução. No modo Eco, a regeneração fica mais intensa e a autonomia agradece. O Omoda E5 tem uma bateria de 61 kWh, com autonomia declarada de até 430 quilômetros no ciclo CLTC (algo em torno de 350–380 quilômetros em uso real misto). Em carregadores rápidos (DC) é possível ir de 30% a 80% em pouco mais de meia hora.
É o suficiente para cobrir a rotina urbana e até uma viagem curta no fim de semana. A bordo, o consumo é bem equilibrado, e o sistema de regeneração de energia — ajustável em níveis. O modelo vem com um pacote completo de assistências à condução e entrega muito mais do que se espera por seu preço (R$ 149.990). Para os entusiastas que estão de olho na nova geração de elétricos — mas ainda olham com desconfiança para as marcas chinesas —, vale dar uma chance.