• outubro 13, 2023
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Israel, Mon Amour

Israel, Mon Amour

Em pleno Século 21, com a velocidade real dos acontecimentos pela Internet, presenciamos uma barbárie medieval, com lances explícitos de sadismo, crueldade e covardia.

Humberto
Humberto reflete sobre a situação se Israel (Foto: Divulgação)

Não podemos comparar Tel Aviv à Hiroshima. Por enquanto! O final deste conflito é terrível incógnita, muita destruição e milhares de inocentes mortos e feridos, numa guerra de Israel, não contra um Estado e um exército, mas contra selvagens terroristas do Hamas, na fronteira e na Faixa de Gaza.

Não podemos, muito menos, esquecer que o povo judeu é perseguido há milhares de anos, em todo mundo e bem antes de Israel ser criada, em 1948, com o aval fundamental de um diplomata brasileiro, Oswaldo Aranha. Em 1947, ele presidiu a sessão especial da Assembleia Geral da ONU, que levou à criação do Estado de Israel. A resolução também previa um Estado árabe, ainda inexistente… Daí, este conflito sem fim.

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Já no alto da cruz de Jesus Cristo, lia-se uma tábua com quatro letras: INRI. Em latim, Iesus Nazarenus Rex Iudeum (Jesus Nazareno, Rei dos Judeus).

Resumindo e muito, séculos depois, a Inquisição católica, na Baixa Idade Média, caçou bruxas e judeus. Os que sobreviveram caíram no mundo. Finalmente, na Segunda Grande Guerra Mundial (1939-1945), seis milhões de judeus foram presos, confinados em campos de concentração, morrendo nas câmaras de gás.

Contudo, o que mundo assiste, atônito, desde a manhã de 7 de outubro tem nada a ver com cinema, arte e diplomacia. Muito pelo contrário. Guerras não criam, não constroem, podem até inspirar a arte depois, mas é o contrário dela, apenas mata e destroi.

Em pleno Século 21, com a velocidade real dos acontecimentos pela Internet, presenciamos uma barbárie medieval, com lances explícitos de sadismo, crueldade e covardia.

OK! Existem guerras santas, mas não existem santos em guerras. E descobrir quem começou o conflito é tarefa inglória, missão impossível.

Fato é que, com exceção de algumas missões e investidas armadas de Israel, na Faixa de Gaza, caçando terroristas ou não – guerra é guerra e elas matam muito mais civis que militares. Nestas ações nunca ou raramente vemos Israel começar um grande conflito, visto que, cercada por inimigos, que querem sua destruição pura e simples, o estado judeu, com todo seu poder de fogo, apenas retalia ou se defende.

Desta feita, até então inexplicavelmente, depois de um plano perfeito, as defesas de Israel não funcionaram e o pior aconteceu. Por terra, mar e ar (ultraleve), terroristas invadiram Israel, com a “Ira do Irã”, com canta Djavan e, certamente, armas, também, iranianas.

Certeza mesmo foram as cenas de sangue, violência, humilhação, sequestro e morte, gravadas pelos próprios terroristas, com requintes de crueldade.

Esta guerra está apenas começando e já conta com mais de mil vítimas nos dois lados. Muita gente já a compara ao11 de Setembro de 2001 e sinistra memória, em Nova York. Mas torçamos para uma solução, mais diplomática que bélica.

O 11de Setembro foi terrível com consequências ainda mais nefastas. O 7 de Outubro de 2023 é o dia da infâmia que não tem prazo de validade. Semanas, meses?

A Covid-19 matou milhões pelo mundo e ainda é uma ameaça. Incêndios destruíram em todo o planeta e acontecem anualmente, como tufões e furacões. Recentemente, terremotos mataram milhares no Marrocos e agora no Afeganistão. Mesmo cenário com as inundações na Líbia. Castigo de Deus ou da Natureza?

Refugiados políticos ou fugindo da miséria em seus países. A “isolada” guerra na Ucrânia já matou, até o momento, mais de 200 mil pessoas e afetou o mundo. Isso é “cortesia” do ser humano que, agora, vai assassinar quantos inocentes em Israel, não apenas uma potência militar, mas científica, tecnológica, médica, farmacêutica e repleta de Prêmios Nobel. 

E quantos países se envolverão neste Armagedom? E quantas vítimas teremos na Faixa de Gaza, um dos lugares mais miseráveis do mundo que, em vez de receber ajuda e dinheiro dos primos ricos, recebe armas? 

Oremos por Israel e seu povo. Oremos também pelo outro lado. Oremos pelo possível e principalmente pela paz.

Shalom!