- maio 11, 2024
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Luxo otimista
Para especialista, mercado imobiliário de imóveis mais caros vive momento positivo e a expectativa é que cenário melhore ainda mais
Os mercados de luxo e de superluxo estão cada vez mais aquecidos. No Brasil, as vendas deste segmento aumentaram 32,9% em 2023, ao atingir 11,9 mil unidades comercializadas, com um VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 35 bilhões, segundo pesquisa divulgada pela Consultoria Brain em fevereiro deste ano.
Nesta entrevista ao CIDADE CONECTA, a coordenadora de projetos da Construção FGV Ibre e mestre em economia pela USP, Ana Maria Castelo, analisa o cenário do mercado imobiliário atual e dá algumas dicas para quem quer adquirir um imóvel para morar ou para investir.
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Quais são as expectativas para o mercado imobiliário em 2024?
Para a média e alta renda, a redução da Selic que tem ocorrido trouxe a perspectiva de que esse mercado poderá ter um bom desempenho em 2024. No entanto, ainda permanece um desafio: a oferta de recursos, uma vez que a poupança continua diminuindo e os saques das famílias podem dificultar a utilização dessa verba. A reedição do Minha Casa Minha Vida no ano passado trouxe novas regras com a revisão do valor do imóvel e manutenção da renda máxima para R$ 8 mil. Esses fatores injetaram também um novo ânimo ao mercado imobiliário, que pode ser percebido ou já foi captado, nas últimas pesquisas imobiliárias. A pesquisa de Mercado Imobiliário da CBIC em 2023 já mostrou isso no último trimestre, tanto nas vendas quanto nos lançamentos.
Para o investidor, ainda vale investir em imóveis no Brasil?
Saber se vale investir em imóveis é sempre uma equação complexa. No momento estamos com a taxa de juros elevada, apesar do ciclo de queda. Se o imóvel for adquirido por financiamento, as taxas para média e alta renda ainda estão altas. De todo modo, existem linhas, como, por exemplo, do pró cotista do FGTS, que podem ser interessantes. Mas acima de tudo, é preciso considerar as especificidades do imóvel que se vai adquirir.
Como o investidor pode começar?
É preciso levar em conta as condições em que o imóvel está. É novo ou usado? Qual o investimento que será necessário? Qual a localização? Enfim, tudo isso precisa ser avaliado. E há um outro ponto: esse investimento vai ser para uso próprio ou vai ser alugado? Vai ser vendido imediatamente? Tudo isso precisa entrar na equação. De todo modo, é importante pensar, que se o imóvel for adquirido por financiamento, é preciso verificar as condições e o quanto já se tem de entrada, já que as taxas ainda estão elevadas.
Você pode explicar esse super aquecimento do mercado de alto luxo nos últimos meses?
Eu vejo o mercado de alto luxo como um nicho que é bastante reduzido. Então ele tem fases e ciclos. Às vezes, a oferta diminui muito e com isso, há uma demanda muito acima dessa oferta. Em algum momento a oferta reage. Nós estamos então, no momento mais positivo para o mercado de alto luxo.
