- outubro 3, 2023
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Os Exterminadores do Futuro


Para começar, com imparcialidade, notícia do site do Supremo Tribunal Federal – STF. Dia 22 de setembro, a ministra Rosa Weber, presidente do STF, votou pela descriminalização da aborto, nas primeiras 12 semanas de gestação. O julgamento foi suspenso por pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso e prosseguirá em data a ser definida. A discussão foi provocada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), autor da ação. O objetivo era debater com especialistas e representantes de entidades governamentais e da sociedade civil.
Para continuar imparcial, agora, da CNN Brasil: Apesar de polêmica, o aborto já é regulado em 77 países. Cada um estipula o limite gestacional, de até quando é possível realizar o procedimento. Da Tailândia 20 semanas, quase cinco meses, até a maioria, entre 10 e 14 semanas, dois a três meses.
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Agora, sendo bastante parcial, pergunto: Como? Aborto de um feto, assassinato de um ser humano, já com dois, três, cinco meses? Mesmo com um dia seria absurdo! Que mundo é esse?
Na História, quase todas as religiões, em guerras de todos os tipos e duração, aceitaram e ainda justificam a morte de milhões, em nome de Deus e, pasmem, em nome da liberdade e da vida.
Sem entrar no mérito da crença de cada um, pelo menos em países “civilizados”, a vida é sagrada.
Dia 12 de agosto, Eloá, de 5 anos, morreu com um tiro no peito enquanto brincava, em casa, na zona norte do Rio de Janeiro. Moradores afirmam que o tiro partiu de policiais militares.
No enterro de Eloá, um familiar pediu justiça: “Só Deus pode tirar a vida”.
Ninguém precisa de grandes estudos, muito menos perder uma filha por bala perdida, para entender que só Deus pode tirar uma vida. Isso claro, no caso do aborto, com raras exceções justificadas por lei: “gravidez que ponha em risco a vida da mulher ou feto anencéfalo. Em caso de abuso sexual o tempo limite são 20 semanas de gestação, ou 22, caso o feto pese menos de 500 gramas”.
O STF, formado por membros de “notório saber”, grandes estudos, pode achar que é Deus, mas não é. Muito menos o PSOL que, de sol e luz tem nada.
Consciência! Sim, é machismo pregar que a “mulher só engravida se quiser”. Mesmo porque, para tal reação química e biológica, ela (ainda) precisa de um homem à moda antiga, de verdade, direta ou indiretamente.
Sexo é bom, saudável e deve ser seguro. Mesmo assim, “acidentes” acontecem. Depois da “festa”, a criança que não pediu para ser concebida é quem “paga a conta”, com a própria vida?
A pílula anticoncepcional foi um avanço, na liberação e emancipação sexual das mulheres. Outros métodos existem, há muito tempo, sempre eficientes e atualizados. A “pílula do dia seguinte”, salvo engano, surgiu no Brasil, em 1999. Preservativos evitam doenças e são cada vez mais acessíveis.
Com todo este arsenal, o aborto é o melhor anticoncepcional? Não. A concepção já está lá. Aborto é crime contra vulnerável, sem chance de defesa e um perigo para a mulher, principalmente em clínicas clandestinas. Legalizar o aborto é legalizar um tipo de homicídio assistido, um dos crimes mais hediondos.
Quem pode determinar quando começa uma vida? Depois do quinto mês de gravidez? Aos quatro meses, a barriga de uma grávida está cheia de ar? Precisa responder ou fazer um desenho bem redondo?
Se Deus deu, só ele pode tirar!
Para terminar, uma pequena história de humor vermelho.
Certa mãe, carregando nos braços um bebê, entrou no consultório médico e começou a lamuriar-se:
– Doutor, o senhor precisa me ajudar. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida de novo! Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas sim com espaço grande entre um e outro.
O médico a indaga:
– Muito bem… O que a senhora quer que eu faça?
A mulher, esperançosa, responde:
– Desejo interromper esta gravidez e quero contar com sua ajuda.
O médico pensou alguns minutos e diz:
– Acho que tenho uma melhor opção para solucionar o problema e é menos perigoso para a senhora.
A mulher sorria certa de que o médico aceitara seu pedido, quando ele continuou, salomonicamente:
– Para não ficar com dois bebês, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer. Se for o caso de matar, não há diferença para mim entre um e outro. Até porque sacrificar o que a senhora tem nos braços é mais fácil e a senhora não corre nenhum risco.
A mulher apavora-se:
– Não, doutor! Que horror! Matar uma criança é crime! É infanticídio!
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, convenceu a mãe de que não existe a menor diferença entre matar uma criança ainda por nascer (mas que já vive) e uma já crescida. O crime é exatamente o mesmo e o pecado, diante de Deus, também.
Viva e deixe viver, todos contra o aborto.
Ah! Quase esqueci: quem destruir um único ovo de tartaruga comete crime contra a fauna e poderá ir para a cadeia (Lei 9.605/93). Pena de dois anos no xilindró.