• dezembro 1, 2023
  • 5 minutos

Pesquisa da CNT aponta necessidade de maior investimento na malha rodoviária do País

Pesquisa da CNT aponta necessidade de maior investimento na malha rodoviária do País

Segundo levantamento, 67,5% das estradas brasileira são classificadas como regular, ruins ou péssimas e 32,5% como ótimas ou boas

WhatsApp Image 2023 12 01 at 18 23 45
WhatsApp Image 2023 12 01 at 18 23 45

A pesquisa realizada todos os anos pela Confederação Nacional de Transporte mostra o que todos já sabemos: a importância de maior investimento na malha rodoviária. O levantamento divulgado nesta semana aponta que 67,5% das estradas brasileira são classificadas como regular, ruins ou péssimas e 32,5% como ótimas ou boas.

Responsável pelo deslocamento de 65% das cargas e de 95% dos passageiros no País, o transporte rodoviário apresenta percentuais que demonstram uma relativa estabilidade no estado geral da malha rodoviária brasileira, em comparação com os resultados do ano passado, que apresentavam, respectivamente, 66,0% e 34,0% para os mesmos níveis de classificação.

A constatação faz parte dos resultados da 26ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela CNT e pelo SEST SENAT. É o maior estudo sobre infraestrutura rodoviária no Brasil. O levantamento deste ano avaliou 111.502 quilômetros de rodovias pavimentadas, o que corresponde a 67.659 quilômetros da malha federal (BRs) e a 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais.

A classificação do estado geral compreende três principais características da malha rodoviária: o pavimento, a sinalização e a geometria da via. Levam-se em conta variáveis como condições do pavimento, das placas, do acostamento, de curvas e de pontes.

A realidade que o estudo expõe reforça o que a CNT tem defendido há anos: a necessidade de continuar mantendo investimentos perenes e que viabilizem a reconstrução, a restauração e a manutenção das rodovias.

“Essas são ações que a agenda da CNT enfatiza e amplia institucionalmente, no âmbito do poder público, especialmente no Executivo e no Legislativo”, ressaltou o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa.

O esforço empreendido pela CNT, no sentido de conseguir uma maior atenção com relação à infraestrutura rodoviária, começa a surtir efeito. Em 2023, a pesquisa estimou que o aumento do custo operacional do transporte rodoviário de cargas, em decorrência da má conservação do pavimento das rodovias no Brasil, foi de 32,7%. O percentual ficou levemente abaixo do registrado no ano passado: 33,1%.

Mas os investimentos em infraestruturas, no PLOA 2024 (Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2024), sofreram uma redução de 4,5% no volume de recursos para o setor em relação ao autorizado no Orçamento para infraestrutura de transporte em 2023. Diante desse cenário, a CNT trabalha para viabilizar um aumento na dotação, por meio de emendas para intervenções prioritárias em 2024, em consonância com as prioridades do transporte e da logística do país.

Ao analisar o resultado da Pesquisa quanto ao Estado Geral das rodovias por tipo de gestão pública e privada, percebe-se que as públicas (que representam 76,6% da extensão pesquisada neste ano) apresentam percentuais maiores de avaliações negativas: regular, ruim e péssimo. Essas más condições correspondem a 77,1%.

Em contrapartida, nas rodovias concessionadas (que representam 23,4% da extensão pesquisada em 2023), os altos percentuais para o Estado Geral remetem a uma situação oposta, ou seja, a bons resultados. De acordo com a pesquisa, 64,1% da extensão da malha concedida, avaliada pelo levantamento nessa característica, foram classificados como bom e ótimo.

“A diferença nos resultados de classificação do Estado Geral para as malhas públicas e privadas evidencia como cada gestão trabalha o investimento nas rodovias. Enquanto as concessões estão sob o cumprimento de obrigações contratuais estabelecidas por parte dos agentes reguladores, o volume de investimentos por parte da gestão pública depende de agenda orçamentária e de prioridades estabelecidas pelo gestor”, comentou o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

Intervenções Prioritárias

  • -Recuperação, manutenção e reconstrução de trechos avaliados
  • -Eliminação de 2.684 pontos críticos:
  • -207 quedas de barreiras;
  • -5 pontes caídas;
  • -504 erosões nas pistas;
  • -1.803 unidades de coleta com buracos grandes;
  • -67 pontes estreitas;
  • -62 outros tipos de pontos críticos que
  • possam atrapalhar a fluidez da via.