Pinturas do casarão histórico de Arthur Bernardes são restauradas

O tradicional casarão construído para ser moradia do ex-presidente do Brasil, Arthur Bernardes, antes de sua eleição, passou por restauração e transformação para se tornar um lar de novo.

O Grupo EPO apostou na fusão do charme da casa histórica com a modernidade e sofisticação, característica da empresa em seu novo empreendimento no coração do bairro Lourdes, em Belo Horizonte: o Residencial Arthur Bernardes.

O empreendimento será entregue aos moradores nesta terça-feira, 20 de maio.

A casa apresenta o estilo eclético, que mescla influências de diferentes correntes e movimentos arquitetônicos, que foi amplamente empregado nas construções da capital mineira no fim do século XIX e início do século XX.

No seu interior, as paredes e os forros do casarão são ornamentados por pinturas de Manoel da Costa Azevedo, Pedro Micussi e Francisco Tamietti Filho, artistas pioneiros na cidade.

A obra de restauração da edificação, conduzida pelo conservador e restaurador Fábio Mendes Zarattini, passou pela fase da alvenaria, pintura, marcenaria e restauro das pinturas parietais e dos forros, grandes responsáveis pelo requinte da casa.

Segundo o profissional, em diversas partes o imóvel, havia ainda pinturas escondidas por baixo de várias camadas de tinta.

“Chegamos na obra e encontramos muitos cômodos com 12 camadas de repintura, debaixo delas havia um trabalho muito rico ainda preservado e priorizamos conservar essa camada original, que foi equiparada cronologicamente com as pinturas da sala de jantar”, explica Zarattini.

O conservador também destaca as dificuldades no processo de recuperação da própria estrutura da casa. “Nossa equipe encontrou muitas perdas com relação às trincas que haviam nas paredes, que demandaram muito esforço durante essa  reestruturação”, comenta.

Infiltrações, uso de stencil e desnivelamentos foram alguns outros desafios que a restauração da construção apresentou.

O processo de restauração é parte essencial do DNA desse projeto. As pinturas, os adornos e elementos arquitetônicos do casarão remontam a história de uma Belo Horizonte que existiu há mais de um século. Zarattini destaca a importância da ressignificação de um espaço restaurado sem que haja o esquecimento de sua história.

“Com a restauração, a gente tem a possibilidade de gerar consciência patrimonial nas pessoas que ocupam aquele espaço”, afirma o restaurador.

Para Alexandre Simão, gerente de Legalização de Projetos do Grupo EPO, o restauro de um imóvel tão rico em história e a incorporação dele em um residencial moderno, embora seja uma tarefa desafiadora, também é gratificante.

“Recuperar o charme da casa e dessas pinturas produzidas por artistas consagrados foi uma enorme responsabilidade, que envolveu muita sutileza, mas é o que tornou o empreendimento ainda mais exclusivo e único”, pontua.

Casarão com memória

Além de contar com o requinte do tradicional casarão, o Residencial Arthur Bernardes conta com uma torre, atrás do casarão, de 15 pavimentos, sendo 3 níveis de garagem, e terá 41 apartamentos com 2 suítes (70 m²) e 3 quartos (114 m²), sendo 1 cobertura, com 1 ou 2 vagas.

Quanto à antiga casa de Arthur Bernardes, parte da área social do edifício foi recebida por ela. “O lazer é dividido entre a torre e o casarão histórico, justamente para que a arquitetura e as características originais da construção sejam preservadas e apenas realçadas pelo projeto”, ressalta Simão.

Seguindo a proposta do empreendimento de mesclar o clássico e o moderno, o social foi assinado por Vecci e Lansky Arquitetura para unir da melhor forma a tradição e a inovação.

Localização privilegiada

Além de toda a originalidade e histórica que caracterizam o empreendimento, outro atributo de destaque é a sua localização. Situado na Rua Aimorés 1.486, no bairro Lourdes, o residencial está rodeado por cultura, lazer, gastronomia e comodidade.

Em apenas alguns minutos, é possível chegar em pontos estratégicos da cidade, como as Avenidas Bias Fortes, Augusto de Lima, Olegário Maciel, Álvares Cabral, João Pinheiro, além da Rua da Bahia.