• agosto 2, 2023
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Queijo Minas do Cerrado é reconhecido como centro de produção 

Queijo Minas do Cerrado é reconhecido como centro de produção 

O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (inpi) reconhece a procedência para a fabricação do queijo de leite de vaca cru integral. Seis mil produtores da região serão beneficiados com essa certificação   

 

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Queijo Minas Artesanal do Cerrado agora é certificado (Foto: Dirceu Aurélio / Imprensa MG)

O Queijo Minas Artesanal do Cerrado agora é certificado e isso é motivo de comemoração para os produtores mineiros que comercializam esse produto. O Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) informa, em seu relatório de agosto, o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) para o queijo de leite de vaca cru integral da região. Assim, essa já é a terceira região produtora de Queijo Minas Artesanal a obter o registro. As outras duas são Canastra e Serro. De acordo com a Emater-MG, existem aproximadamente seis mil produtores de Queijo Minas Artesanal na região do Cerrado.

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A Indicação Geográfica para o Queijo do Cerrado foi na espécie Indicação de Procedência (IP). De acordo com o instituto, a IP é o nome geográfico de um país, cidade, região ou uma localidade que se tornou conhecido como centro de produção, fabricação ou extração de determinado produto ou prestação de determinado serviço.

“A Indicação Geográfica para o Queijo do Cerrado é uma conquista para os produtores, pois irá valorizar ainda mais o queijo e garantir a sua procedência. Ou seja, garantir que é um produto fabricado de acordo com as especificações técnicas na região do Cerrado”, afirma a coordenadora técnica regional de Bem-Estar Social da Emater-MG, Mara Mota.

Certificação

O pedido de reconhecimento de Indicação Geográfica foi feito pela Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado (Aprocer), que contou com a ajuda da Emater-MG e Sebrae para obter toda a documentação e fornecer as informações exigidas pelo Inpi.

“Junto com essas duas instituições, nós desenhamos toda essa trajetória. Contratamos um profissional especializado na área e, com o apoio dos produtores, Emater e Sebrae foi montado um dossiê, com todo o histórico, desde a origem desse queijo”, afirma o presidente da Aprocer, Eudes Braga.

Para Eudes Braga, ter um registro de reconhecimento nacional beneficia toda a cadeia produtiva do queijo artesanal no país.

“Todo o queijo brasileiro ganha com isso. É mais uma região que tem a indicação. É sinal de que o queijo tem um papel fundamental na sociedade, feito de modo artesanal, e que tem um significado pela sua história. Isso traz visibilidade, reconhecimento e segurança para o consumidor, que sabe que está comendo um queijo que foi feito naquela determinada região. É uma carteira de identidade”, diz.

O Queijo Minas Artesanal do Cerrado é fabricado a partir de leite de vaca cru integral, produzido na propriedade de origem e recém-ordenhado. No processo de fabricação, é usado o fermento natural, conhecido como “pingo”, coalho e sal. Ele é maturado pelo período mínimo de 22 dias ou por um tempo menor que venha a ser definido pela legislação.

Em Minas Gerais, existem 10 regiões caracterizadas pelo estado como produtoras de Queijo Minas Artesanal: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro.

Saiba como é o Queijo Minas Artesanal do Cerrado:

  • No formato padrão- tem de 15 a 17 centímetros de diâmetro e até sete centímetros de altura;
  • Apresenta sabor suave, adocicado, ligeiramente ácido, podendo ser levemente amanteigado ou picante;
  • 19 municípios mineiros poderão utilizar o selo de Indicação Geográfica para o queijo do Cerrado: Abadia dos Dourados, Arapuá, Carmo do Paranaíba, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa, Matutina, Patos de Minas, Patrocínio, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Vazante, Tiros e Varjão de Minas.