- junho 3, 2025
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Anel Rodoviário começa a ser municipalizado e deve receber melhorias

Termo de transferência assinado entre autoridades da capital mineira e do Governo Federal prevê investimentos na recuperação do asfalto e sinalização, além da construção de viadutos em pontos críticos da via

O sonho dos belo-horizontinos — ou melhor, de todos que vivem e circulam pela Região Metropolitana — de ter um Anel Rodoviário mais seguro está mais próximo de se tornar realidade. Nesta terça-feira, 3, foi assinado o termo de transferência de parte da via federal para o município de Belo Horizonte. A partir de agora, esse trecho passará a ser cuidado pela Prefeitura como se fosse uma avenida da capital. Inicialmente, apenas o segmento localizado no bairro São Francisco foi municipalizado.
A cerimônia de assinatura contou com a presença de diversas autoridades, entre elas o prefeito Álvaro Damião; o ministro dos Transportes, Renan Filho; o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Fabrício Galvão; os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos); além de deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a municipalização do Anel — que recebe um fluxo diário de cerca de 100 mil veículos — permitirá a execução direta de obras e intervenções, como em qualquer via urbana. A gestão, manutenção, operação viária, desenvolvimento urbano e modernização passarão a ser de responsabilidade do município, com o objetivo de melhorar as condições de mobilidade.
Antes mesmo da formalização da transferência, já foram iniciadas obras de recuperação do asfalto e da sinalização. Essas intervenções devem ser concluídas até setembro deste ano. Em uma segunda etapa, estão previstos repasses da União no valor de R$ 60 milhões para a construção de dois viadutos — um na Via Expressa e outro na BR-040, após o processo de licitação. Outros R$ 60 milhões também serão destinados a novas obras ao longo da via.
Outra melhoria prevista é a instalação de bases móveis com guinchos na área do antigo Aeroporto Carlos Prates, na região Noroeste da capital.
“Ali serão colocadas as bases móveis e os guinchos. Se for necessário retirar um caminhão do Anel, em cinco minutos eles estarão lá. Vai ser tudo muito rápido. Enquanto aguardávamos o dia da assinatura da parceria com o governo federal, já estávamos trabalhando nos projetos. Hoje sabemos quanto o Anel Rodoviário vai custar por ano, quais intervenções faremos e como faremos — e vamos começar imediatamente”, destacou o prefeito Álvaro Damião, que comemorou a conquista.
A expectativa da PBH é entregar os dois primeiros viadutos até 2026. Outros seis também devem ser projetados e construídos com recursos federais, com custo estimado de R$ 1 bilhão. Entre os locais previstos para receber as estruturas estão o pontilhão no bairro Betânia, a Praça Padre Eustáquio e a Avenida Antônio Carlos.
Os novos viadutos devem resolver um dos maiores problemas do Anel Rodoviário: os gargalos provocados pela ausência de uma terceira pista. Essas retenções frequentemente geram engarrafamentos e engavetamentos — muitos com vítimas fatais.
Como prometido pelo prefeito, será enviado à Câmara Municipal um projeto de lei para alterar o nome oficial do Anel Rodoviário. Atualmente chamado Celso Mello Azevedo, ele deverá passar a se chamar Fuad Noman, em homenagem ao ex-prefeito da capital. morto este ano.