• maio 23, 2025
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Artigo: 999.999 + 1

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Boa notícia dá audiência, prova disso é que o CIDADE CONECTA vem conquistando os internautas e comemora a marca de 1 milhão de visualizações

Artigo de Humberto Filho
Humberto Filho é diretor executivo do CIDADE CONECTA

 

Humberto Filho

Ao contrário do beija-flor, abutres se alimentam de cadáveres de animais mortos. Às vezes, também de seres humanos mortos. Por isso, o nome do filme “A Montanha dos Sete Abutres” (1952), do grande Billy Wilder. No filme, o repórter veterano Charles Tatum (Kirk Douglas) foi despedido de 11 jornais, por 11 razões diferentes. Por estar “duro”, vai trabalhar num pequeno jornal. Por acaso, descobre que “Leo Minosa”, que não era um Indiana Jones, ficou preso em uma mina quando procurava por relíquias indígenas. “Tatum sente que essa reportagem pode ser a chance que ele esperava e transforma o resgate de Leo em um assunto nacional, atraindo milhares de curiosos, cinegrafistas de noticiários e comentaristas de rádio. Para prolongar o circo, Tatum reduz deliberadamente a velocidade do resgate de Leo, pois o ideal é que ele fique preso por seis dias e não apenas por algumas horas”.

Pulando para 2010, temos o filme argentino “Abutres”, estrelado por Ricardo Darín. Ele é um advogado que se aproveita das vítimas de acidentes para obter indenizações das seguradoras. “Sosa” trabalha nos locais de acidentes, nos hospitais e nas delegacias, buscando vítimas para representá-las.

Em 2014, temos outro ótimo filme com o tema urubu, “O Abutre”, onde, na pindaíba, um jovem (Jake Gyllenhaal) “decide entrar no agitado submundo do jornalismo criminal independente de Los Angeles. A fórmula é correr atrás de crimes e acidentes chocantes, registrar tudo e vender a história para veículos interessados”.

Saindo do cinema e entrando no jornalismo, todo mundo conhece, desde sempre, aquele tipo de jornal que, se você torcer, sai sangue, “referência a publicações conhecidas por apresentar notícias e imagens de crimes e violência de forma chocante e explícita, frequentemente com fotos e detalhes sensacionalistas”.

Esses bons, mas tristes exemplos, provam que as pessoas gostam e são atraídas por tragédias, violência, morte. A psicanálise deve explicar muito bem, inclusive gente que para o carro para acompanhar um acidente na estrada ou assistir a corridas de automóveis pelo mesmo motivo. Em suma, notícias tristes, mórbidas e escândalos vendem bem: no cinema, na TV, no rádio, nos jornais, revistas e tudo que usa a Internet.

Mas existem raras exceções e este CIDADE CONECTA, modéstia à parte, é uma delas. E uma enorme exceção. Por isso, com um misto de alegria e orgulho, anuncio que o Instagram do “Cidade Conecta”, esse informativo de boas novas e positivas notícias, desde o início, acaba de “bater” um milhão de visualizações nos últimos 30 dias. Enquanto abro uma garrafa de champagne, digo a todos vocês: muito obrigado e continuem a fazer parte das boas coisas da vida, da vida que oferece boas coisas, bons produtos, serviços e, claro, muita informação e utilidade pública.

É uma notícia maravilhosa que me deixa muito feliz em descobrir que existe tanto beija-flor em meio a tanto abutre. É uma luz no fim do túnel que merece um milhão de garrafas e brindes! Sim, temos um público para o que é bom e constrói, não apenas para tragédias ou absurdos como, por exemplo, esta nova pandemia de loucura, chamada “bebê reborn”.

A partir de hoje, superei até o Rei Roberto Carlos que, desde 1974, canta: “Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar”. Eu tenho um milhão de amigos, o que me incentiva a continuar e a cantar mais forte.

De novo, sempre e, literalmente, meu muito obrigado!