- maio 3, 2024
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Cachaça mineira terá centro de referência
Centro de Referência em Análise de Qualidade de Cachaça vai realizar pesquisas para aprimorar a produção do produto em todo o estado; em Minas são 350 cachaçarias
Um sonho de mais de 20 anos está se tornando realidade na Universidade Federal de Lavras (Ufla). O Centro de Referência em Análise de Qualidade de Cachaça (CRAQC) inaugurado vai realizar pesquisas que permitam agregar valor à cachaça de alambique de Minas Gerais.
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O trabalho, coordenado pela professora Maria das Graças Cardoso, é fruto de projeto aprovado pela fundação, com recursos de R$3,7 milhões, e contará com cursos de capacitação para os produtores de cachaça e para a compra de equipamentos.
Com o centro, será possível aplicar os conhecimentos gerados em sala de aula, permitindo o aprimoramento de parâmetros de análise.
“O centro irá promover a qualidade da cachaça e derivados, melhorias nas bebidas e no engenho, criação de novas bebidas e de bebidas envelhecidas com diferentes madeiras”, comenta a idealizadora do projeto sobre os avanços previstos.
O secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Guilherme da Cunha, destacou a importância do centro também para diminuir a informalidade no setor.
“O Centro de Referência na Ufla vai contribuir ainda mais para a valorização de um produto genuinamente brasileiro, forte em Minas Gerais. O que significa maior formalização, geração de empregos e renda no estado”, avalia.
Atualmente, Minas Gerais é a maior produtora nacional de cachaça de alambique, com mais de 350 cachaçarias e cerca de 2,2 mil marcas diferentes.
Novo circuito da cachaça
“Acreditamos que o circuito fortalecerá o turismo em Minas. Para que isso aconteça, nossa equipe está à disposição para orientar os participantes de forma técnica e documental. Vamos unir a força da Secretaria de Turismo com o empenho e a qualidade dos nossos produtores, como, por exemplo, Salinas – que fará parte do roteiro como cidade sede – devido à sua marca já estabelecida no mercado”, avalia.
“O circuito também tem uma demanda de exportação, ou seja, da venda da cachaça para mercados internacionais. Recentemente, propusemos a introdução da nossa cachaça em todos os cardápios dos voos internacionais que partem de Minas Gerais”, destaca Ricardo Faria.
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