• janeiro 19, 2024
  • 5 minutos

Dia 20 de janeiro é o Dia Mundial do Queijo

Dia 20 de janeiro é o Dia Mundial do Queijo

Centro de Referência do Queijo Artesanal se destaca pela valorização da produção queijeira em Minas; iguaria é símbolo da cultura e gastronomia mineira

 

homem segurando um rolo de queijo
Queijo artesanal: iguaria é um dos símbolos da cultura e da gastronomia de Minas Gerais (Foto: Freepik)

 

No dia 20 de janeiro, o mundo celebra o Dia Mundial do Queijo, data que destaca a importância desse alimento milenar que é um dos símbolos da cultura e gastronomia de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, o Centro de Referência do Queijo Artesanal, inaugurado em 2023, é um espaço único no país de valorização da cozinha mineira, seus saberes e sabores, com foco no produto artesanal.

 

Leia mais

Nova Lima poderá ter centro de apoio a pessoas com Espectro Autista

 

 

Com ambiência imersiva e curvas inspiradas nas serras de Minas, o espaço multiuso une tradição e inovação em uma exposição permanente que conta a história da produção queijeira do estado, possui uma sala de aula com cozinha didática, a primeira biblioteca especializada na cultura e gastronomia de Minas e uma loja colaborativa de produtos mineiros. Está localizado no novo Shopping Espaço 356, no bairro Olhos D’Água, e recebe escolas agendadas e visitantes que queiram aprender um pouco mais sobre a iguaria.

 

 

Centro Referência Queijo Artesanal
Centro de Referência do Queijo Artesanal: espaço propaga a importância do produto para MG e o Brasil (Foto: Divulgação/CRQA)

 

 

“Reunimos grandes especialistas e produtores de queijos artesanais mineiros para estimular a produção e fomentar ainda mais o mercado da gastronomia em Minas Gerais. Atuamos na difusão do conhecimento, formação de consumidores informados, promoção de eventos e discussões sobre cultura e gastronomia, além da formação profissional”, destacou Sarah Rocha, diretora executiva e fundadora do CRQA.

 

 

Minas Gerais é o maior produtor de leite do país, e consequentemente, o maior produtor de queijo. Sobre sua relevância para Minas e para o mundo, o especialista em queijo artesanal de leite cru e consultor do Centro de Referência, Elmer Almeida, destaca que além do produto ser uma expressão cultural mineira, tem grande importância econômica e social para o estado.

 

 

“Temos em Minas, cerca de 8 mil famílias que se envolvem na produção do queijo artesanal de leite cru e isso movimenta recursos financeiros em vários municípios em todas as regiões. Sabe-se que na região da Canastra, municípios como Medeiros vivem em função do produto, assim como na região do Serro, a cidade de Materlândia é outro local onde a iguaria tem uma expressão econômica muito forte”, diz.

 

 

O especialista completa: “Socialmente, os produtores se agrupam em associações e isso faz com que haja um grande movimento das pessoas na produção e comercialização do queijo”. Segundo Elmer, Minas tem se destacado no cenário internacional, ganhando muitos prêmios, principalmente na Europa, “o que tem valorizado ainda mais a nossa produção local”, completou.

 

 

Queijo Minas como Patrimônio Imaterial da Humanidade

 

 

A técnica de fabricação foi trazida por portugueses, mas os produtores mineiros aprimoraram e desenvolveram métodos únicos de produção, criando um queijo de qualidade incomparável. Atualmente, são 15 regiões reconhecidas em Minas, pelo modo de fazer do Queijo Minas Artesanal. Em 2008, o queijo Minas artesanal de leite cru foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

 

A candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco foi oficializada em 2022 e reforçada no ano passado pelo Governo de Minas. Se confirmado, este será o primeiro produto da cultura alimentar do Brasil a ter o título.