- janeiro 17, 2024
- 5 minutos
Nova Lima poderá ter centro de apoio a pessoas com Espectro Autista
UFMG e a Prefeitura de Nova Lima estudam cooperação para elaboração de proposta de instituição de saúde que será referência nesse atendimento
A UFMG e a Prefeitura de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, planejam firmar uma parceria para criação do Centro Integrado de Reabilitação e Estimulação do Neurodesenvolvimento para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e/ou com Deficiências Intelectuais. O projeto deverá tirar do papel uma lei sancionada pelo prefeito João Marcelo Dieguez Pereira, em agosto de 2023.
Leia mais:
Detalhes da cooperação foram discutidos em encontro realizado na sexta-feira, (12), que reuniu a pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, o vice-diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Rogério do Pateo, o prefeito João Marcelo Pereira, os secretários municipais de Educação e Saúde, Pedro Dornas e Alice Neto de Almeida, respectivamente, além de integrantes da Rede de Apoio de Mães Atípicas de Nova Lima (Rama) e dos professores Érika Lourenço e André Luiz Freitas Dias, ambos do Departamento de Psicologia da UFMG.
Elaboração da proposta
Caso o acordo seja formalizado, a UFMG ficará responsável pela elaboração da proposta de criação e funcionamento do novo centro, que pretende ser referência na oferta de serviços especializados e multiprofissionais de saúde para pessoas com TEA e deficiência intelectual.
Os trabalhos já vêm mobilizando, desde novembro do ano passado, professores e alunos das áreas de Psicologia, Medicina, Musicoterapia, Enfermagem, Educação Física, Nutrição, Fonoaudiologia, entre outras, no âmbito do programa de extensão Observatório de Teorias e Práticas em Educação Especial e Educação Inclusiva.
Serviços disponíveis a pessoas com Espectro Autista
Coordenadora do programa de extensão, a professora Érika Lourenço explica que a proposta irá dimensionar os serviços ofertados, a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS), os encaminhamentos necessários, bem como espaço físico, equipamentos, mobiliário e demanda de pessoal multidisciplinar.
“Esse levantamento será essencial para o município estimar custos e viabilizar o Centro Integrado de Reabilitação e Estimulação”, afirma a docente. Segundo ela, “a ideia é fazermos uma instituição diferenciada e de ponta no que se refere ao atendimento a essas pessoas”.
Com a instituição em funcionamento, expectativa é também integrar estudantes de graduação e pós-graduação da Universidade às atividades do centro, que atuará como espaço de formação profissional e atuação de projetos de extensão.