- outubro 23, 2023
- 6 minutos
Gruta do Maquiné recebe montagem de ópera que estreia nesta quarta no Palácio das Artes

Vice-governador de Minas conferiu pré-estreia de Matraga, baseada em conto de Guimarães Rosa

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) deu uma amostra do que o público pode esperar da ópera Matraga, que estreia nesta quarta-feira, 25, no Palácio das Artes, em uma exibição realizada na Gruta do Maquiné, em Cordisburgo, na região Central de Minas Gerais.
Leia mais:
O vice-governador de Minas Gerais, professor Mateus, elogiou a representação da cultura mineira na obra, após assistir ao espetáculo ao lado do secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), Leônidas Oliveira e do presidente da FCS, Sérgio Rodrigo Reis.
“Quando reunimos a Fundação Clóvis Salgado, a Gruta do Maquiné concedida à iniciativa privada, nossos esforços de lei de incentivo, a nossa Secult-MG, vemos essa rede que se forma entre cultura e turismo, entre Estado e iniciativa privada para garantir que tenhamos cada vez mais um melhor proveito e uma maior exposição do que é Minas Gerais para todo o Brasil. Quando conseguimos fazer com que essas sinergias apresentem para a população mineira o que é Minas Gerais, só temos a ganhar”, avaliou Professor Mateus.

Investimento
A ópera obteve repasse de R$ 2,8 milhões, sendo R$ 1,1 milhão do Governo de Minas para custos operacionais e despesa de custeio, e R$ 1,7 milhão da Lei Federal de Incentivo à Cultura, por meio de aporte de empresas como a Vale, Cemig, Usiminas, Copasa, Anglo e CSN.
Atores e músicos encenaram trechos da ópera respeitando as regras de conservação dos salões da Gruta do Maquiné e as mais de 60 espécies de animais do monumento. Matraga tem três atos, em que a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, o Coral Lírico de Minas Gerais e a Cia. de Dança Palácio das Artes apresentam a história do fazendeiro Augusto Matraga, um valentão do lugar que busca a redenção no sertão mineiro após perder quase tudo e sofrer uma emboscada de seus inimigos.
Para o secretário Leônidas Oliveira, tratou-se de uma oportunidade “inusitada, trazendo a transversalidade do meio ambiente com aquilo que é mais profundo da cultura mineira, que é o nosso modo de ser, de existência, a nossa paisagem cultural, que é o envoltório da nossa cultura”.
O presidente da FCS detalhou como surgiu a ideia de fazer essa apresentação. “Durante muitos anos, a Fundação Clóvis Salgado se voltou para o repertório universal e olhou pouco para dentro, temos muito orgulho do que somos, do que Minas Gerais tem, e estamos celebrando esse território simbólico e imagético incrível, que tem como símbolo maior Guimarães Rosa”, disse Sérgio Rodrigo Rei.
Ópera Matraga
A história é inspirada no conto “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, do escritor João Guimarães Rosa, nascido em Cordisburgo. “Ao pensar em homenageá-lo, buscamos o local ideal para fazer isso, e fomos atrás da memória afetiva da terra natal do escritor, e o ponto crucial da trama ocorre justamente dentro de uma gruta”, explicou.
Com libreto e música de Rufo Herrera, Matraga será encenada na íntegra nos dias 25, 27, 28 e 29/10 no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. com direção musical de Ligia Amadio, regente titular da Orquestra Sinfônica De Minas Gerais, concepção e direção cênica de Rita Clemente e direção geral de Cláudia Malta.