PBH quer ampliar a homologação de carros eletrificados para rodar como táxi

PBH quer ampliar a homologação de carros eletrificados para rodar como táxi

Frota de 180 veículos ainda é considerada baixa, apesar da economia comprovada para os motoristas, com menor custo de manutenção e abastecimento

Segundo a PBH se comparados com veículos de combustão interna os táxis elétricos são mais limpos em termos de emissão de gases e de ruídos
Segundo a PBH se comparados com veículos de combustão interna os táxis elétricos são mais limpos em termos de emissão de gases e de ruídos

 

Apenas veículos eletrificados das marcas BYD, Fiat (Pulse Hybrid), GWM, Honda (Civic Hybrid), JAC e Toyota (Corolla Hybrid) estão autorizados a rodar como táxi em Belo Horizonte, segundo regulamentação que consta na Portaria Sumob Nº 066-2023*, de 09/01/2024. No entanto, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH)avisa estar aberta para inclusão de novas marcas e modelos.

Atualmente, são 180 veículos eletrificados que rodam na praça como alternativa concreta para tornar a cidade mais limpa e silenciosa e praticam as mesmas dos convencionais.

“Os operadores interessados devem atender à regulamentação vigente e agendar a apresentação do veículo para homologação junto ao Setor de Vistoria da Superintendência de Mobilidade Urbana (Sumob)”, explica a diretora de planejamento e controle da mobilidade da Sumob, Gabriela Pereira

A executiva acredita que a mobilidade elétrica se apresenta como uma solução promissora e muito estudada para a descarbonização.

“Além da diminuição nas emissões de gases de efeito estufa, por não utilizar combustíveis fósseis, a eletricidade também acaba com o problema da poluição sonora. Nessa modalidade, estão os veículos elétricos (VEs) que são totalmente movidos por baterias recarregáveis, e veículos híbridos, que combinam um motor elétrico com um motor de combustão interna”, comenta.

Segundo ela, além dos benefícios ambientais, os táxis elétricos também representam uma economia para os motoristas, com menor custo de manutenção e abastecimento.
Há um ano, o operador Leonardo Lúcio Santos da Fonseca adquiriu um veículo BYD Yuan Plus e conta que ficou satisfeito com a troca.

“Meu carro tem uma autonomia muito boa, pois eu trabalho o dia todo e não preciso de carregar na rua. A economia também é interessante pois, além do combustível, não preciso trocar o óleo. Realmente, está valendo muito a pena”, garante.

A ação de eletrificação e busca de energias limpas para a frota de Belo Horizonte faz parte de um conjunto de iniciativas do Plano de Mobilidade Limpa da PBH, que prevê a redução na emissão de carbono na região Central da cidade e busca alinhar o município aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ONU, especialmente no âmbito dos ODS 7 (Energias Renováveis e Acessíveis), ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).

Hoje, países como China e Estados Unidos lideram a adoção de veículos elétricos, com políticas de incentivo e desenvolvimento dessa mobilidade. Além do objetivo ambiental, ou seja, a não-emissão de gases poluentes durante sua operação, os veículos elétricos trazem outras vantagens importantes.

Se comparados com veículos de combustão interna, os elétricos são mais eficientes em termos energéticos, ou seja, a eletricidade em veículos reduz os custos operacionais para os consumidores e contribui para um uso mais equilibrado dos recursos energéticos. A redução da poluição sonora também é muito destacada na mobilidade elétrica. Os veículos operam quase de forma silenciosa, o que melhora a qualidade de vida em áreas urbanas muito povoadas, onde o ruído do tráfego é uma preocupação constante.

Em contrapartida, os elétricos – em especial – possuem como desafio a questão da recarga, devido ao tempo extenso e local apropriado (pontos de recarga) ainda insuficientes e que necessitam de adaptação das residências dos donos dos veículos, exceto e caso de imóveis mais modernos que já disponibilizam a tecnologia.