• dezembro 15, 2023
  • 4 minutos

Receita para melhorar o ótimo

Receita para melhorar o ótimo

Somos a terceira maior região metropolitana do Brasil, mas basta ir a São Paulo ou Rio de Janeiro para voltarmos humilhados

Humberto
Receita para melhorar o ótimo

Em nossa mais recente conversa, sobre as delícias e o “calcanhar de Aquiles” de Belo Horizonte, “O Melhor Lugar do Mundo”, pedi às queridas leitoras e aos caros leitores, sugestões, não mágicas, mas possíveis, para lançarmos o Manifesto pelo Desenvolvimento Urbano e Viário de Belo Horizonte. Trocando em miúdos, clamei por sugestões, dicas, ideias e exemplos, para deixar nossa bela Belo Horizonte ainda mais bela, viável, vivível, visível; enfim, uma cidade mais moderna e civilizada. E vale a pena ler de novo: o melhor lugar do mundo tem que ser aqui e agora.

Continuo esperando o desafio lançado. Enquanto isso, permissão e paciência para mais divagações ou variações sobre o mesmo tema.
Começo insistindo no fato de que BH precisa, urgentemente, de obras viárias. Somos a terceira maior região metropolitana do Brasil, mas basta ir a São Paulo ou Rio de Janeiro, para voltarmos humilhados, com um misto de vergonha, inveja saudável e o rótulo de doidos, insanos e sonhadores como um D. Quixote.

Isso só porque ousamos sugerir! A verdade, e não o sonho impossível, é que precisamos de obras, pronto! Novos caminhos, entradas, bandeiras e saídas. Caminhos, evidentemente, que não são óbvios. Não podemos, sem uma varinha de condão, alterar avenidas, alargar quarteirões “imexíveis”, etc. Ou podemos?

Humildemente e sem a pretensão da competência técnica, mas como cidadãos, conseguimos eleger algumas obras que seriam mais que importantes, fundamentais para BH.

Sem citarmos, por enquanto, as novas faixas azuis para motos, em São Paulo, comecemos com linhas exclusivas para ônibus na Via Expressa, nas avenidas Afonso Pena, Nossa Senhora do Carmo e na horripilante Amazonas.

Vejamos a região Centro Sul, sempre deixando espaço e implorando por sugestões em outras regiões. As filas e engarrafamentos. O insano trânsito da avenida Nossa Senhora do Carmo já ultrapassa, pasmem, o BH Shopping. Em poucos meses – ou horas – chegará ao trecho da Mannesmann ou até mesmo ao Posto Chefão, em plena BR-040.

Uma solução que já poderia ser realidade é um túnel ligando a avenida da Ligação, próxima à Fundação Torino, à Praça do Papa.

Esta nova via colocaria rima, mas tiraria todo o fluxo para o Centro e outras regiões da cidade; da mesma Nossa Senhora do Carmo, da absurda e criminosa rua Patagônia, no Sion e da avenida Bandeirantes, Sion/Mangabeiras. Criaríamos um “atalho”, uma dádiva para quem mora no Mangabeiras, valorizando os imóveis e incentivando o comércio. Nobre fim para as muitas casas abandonadas; um exemplo do que são os chiques Belvedere/Vila da Serra, mesmo com, para “variar”, seus problemas de mobilidade, causados pelo nascimento de uma torre por dia.

Outra sugestão de obra é o alargamento do trevo do BH Shopping, obra simples, coisa de dois meses, que criaria mais um faixa de trânsito, de rolagem; alívio, conforto, segurança e paz; em vez de lentidão, estresse e acidentes.
Mais uma? Tenho. Um túnel ligando o Buritis – que já são três bairros – ao Santa Lúcia, sem passar pelo purgatório da Raja Gabaglia. Além da topografia ser uma aliada, o Santa Lúcia é bairro em franca expansão, desafogando a já citada Raja. Resultado igual: mais e melhor comércio. Tão óbvio que chega ser ridículo pedir.

Numa fictícia e quimérica terceira sugestão está um monotrilho circulando na avenida do Contorno. Uau! Claro, com estações estratégicas como manda o figurino, num circuito fechado. Este “milagre” já existe, não em Marte, mas em Miami e Detroit, nos Estados Unidos. Uma obra simples, barata – porque sem custos com desapropriações – e que ainda transforma, deixa a cidade mais bonita, conferindo aos usuários opções de e para outros modais. Um colírio para a mobili…