• maio 17, 2025
  • 6 minutos

Degustatividade: A mulher no mercado de vinhos

Degustatividade: A mulher no mercado de vinhos

Sommeliere do Grupo Valduga BH e os desafios enfrentados na profissão, onde elas ainda têm que lidar com resistência e preconceito

sommeliere de vinhos Tuca Schirmer
A sommeliere Tuca Schirmer (Foto: Léa Araújo)

 

Tuca Schirmer

Não é novidade que nós mulheres passamos por diversos desafios no mercado de trabalho, como no de vinhos. Infelizmente ainda temos que lidar com resistência e preconceito, além da imposição de remuneração diferente para o mesmo cargo, de acordo com o gênero.

Neste segmento essa realidade também existe. Equilibrar as taças e buscar uma harmonização diária requer muita sabedoria. Poderia ser mais fácil e mais leve. Mas o fato é que, no dia a dia, assim como outras mulheres, ainda me deparo com a resistência de pessoas que acreditam que somos menos conhecedoras, menos capazes, em um mercado que ainda é, majoritariamente, dominado pelos homens.

Aí vem a minha pergunta: Como podemos mudar essa realidade? Como eu posso fazer a minha parte para me posicionar e ser respeitada não somente como mulher, mas como profissional? Além de empresária, responsável pela distribuição de todo o portfólio do Grupo Valduga em BH, preciso estudar diariamente, pois também sou sommeliere de vinhos e cervejas. E tenho buscado, cada vez mais, através desta formação, encantar clientes, promover experiências com a maestria que somente mulheres fortes e determinadas conseguem fazer.

Não tenho pretensão alguma de comparar o meu trabalho com o de outros profissionais do mercado. Inclusive, me inspiro em profissionais de destaque que também buscam fazer o seu trabalho com excelência. Não me importa se são homens ou mulheres. Para mim, o diferencial está mesmo no que o profissional se propõe a fazer. E é justamente este o ponto: nós mulheres devemos ser reconhecidas pela nossa competência.

Mesmo com esta realidade, estou animada. Tem uma mulherada muito boa em várias áreas do mercado de vinhos, que fazem a diferença. Além disso, o mercado consumidor de vinhos no Brasil está mudando. Segundo o relatório IWSR Brazil Wine Landscapes 2025, em 2024 as mulheres representaram 53% do mercado consumidor de vinhos no país, um aumento de 6% em relação a 2019.

Como não amar este movimento? Brindo à vida de todas as mulheres que não desanimam diante dos desafios porque, estamos sim, fazendo história.

Seguimos juntas.

Os 150 anos da chegada da imigração italiana ao Brasil e a relação com os vinhos

Léa Araújo

A Casa Valduga, uma das vinícolas mais renomadas do Brasil, celebra, em 2025, seus 150 anos de história uma trajetória que começou em 1875 com a chegada da Família Valduga ao Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. Vinda do norte da Itália, a família trouxe na bagagem a tradição vitivinícola europeia, que foi adaptada ao solo e clima brasileiros. Ao longo das décadas, a vinícola evoluiu de uma produção familiar para um empreendimento de referência nacional e internacional, especialmente na elaboração de espumantes pelo método tradicional, sendo pioneira nesse tipo de produção no Brasil. Hoje a Casa Valduga é referência em inovação, excelência e enoturismo, com experiências completas que vão desde degustações até hospedagem em meio aos vinhedos. Para comemorar seus 150 anos, a vinícola lançará edições especiais de seus rótulos mais emblemáticos em uma celebração especial, nos mês de agosto, dentro do seu complexo enoturístico.

 Maria Valduga e seus vinhos
Maria Valduga (Foto: Casa Valduga/Divulgação)

Espumantes Casa Valduga no Descorchados 2025

A linha 130 da Casa Valduga é uma coleção de espumantes premium criada em 2005 para celebrar os 130 anos da chegada da família Valduga ao Brasil. São elaborados pelo método tradicional, como na região de Champagne, e passam por 36 meses de autólise em cave. O espumante Casa Valduga 130 Brut Rosé foi reconhecido com 92 pontos no Guia Descorchados 2025. Já o Maria Valduga Nature recebeu 95 pontos, sendo o rótulo brasileiro mais bem avaliado nesta edição do guia. Elaborado com 80% de Chardonnay e 20% de Pinot Noir, passa por 60 meses de contato com as borras, o que lhe confere complexidade e elegância excepcionais.

Vinho Casa Valduga 130
Casa Valduga 130 (Foto: Casa Valduga/Divulgação)

Mais experiências gastronômicas AQUI.