• fevereiro 2, 2024
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Empreender está no DNA; entrevista com José Henrique Salvador

Empreender está no DNA; entrevista com José Henrique Salvador

Terceira geração à frente da direção da Rede Mater Dei fala sobre os futuros projetos do grupo que atualmente possui nove unidades

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O diretor-presidente da Rede Mater Dei José Henrique Salvador anuncia um novo hospital em Nova Lima com 120 leitos e muita inovação tecnológica (Foto: Samuel Gê)

Uma das principais instituições médicas do País, a Rede Mater Dei coleciona histórias de sucesso. Desde a sua entrada na Bolsa de Valores, o grupo tem adquirido novas unidades, ao ampliar sua rede de atendimento. O diretor-presidente da Rede Mater Dei, 3ª geração à frente do grupo, é graduado em Administração de Empresas pelo Ibmec e MBA na Universidade de Columbia (EUA). Nesta entrevista ao CIDADE CONCETA, o executivo enfatiza o posicionamento acertado da companhia ao realizar o IPO, entrada na Bolsa de Valores, em 2021, e fala sobre o novo hospital em Nova Lima, na RMBH. Confira a seguir.

A Rede Mater Dei, após o IPO em 2021, tem adquirido hospitais e ampliando sua rede de atendimento. Diante disso, tem mais aquisições previstas para 2024?

Exatamente. Em 2021 a gente fez a abertura para fazer o nosso crescimento por aquisições. E aquele recurso que foi captado, em 2021, é justamente para essas aquisições, o que foi utilizado nesses últimos. Fizemos a aquisição de cinco hospitais: dois em Uberlândia, um hospital em Goiânia, em Belém do Pará e um hospital em Feira de Santana, na Bahia. Para 2024, queremos fazer com que esses ativos sejam cada vez mais relevantes. Então, é crescer esses ativos e fortalecê-los para cada uma dessas regiões. O Mater Dei Nova Lima que iremos inaugurar, no segundo semestre deste ano, será um hospital de altíssima qualidade, muito diferenciado, sua localização é exatamente nas Seis Pistas, em uma região que hoje concentra grande parte da alta renda da nossa região. Estamos muito animados com esse projeto.

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Quais as principais diferenças administrativas que o senhor pode citar após a entrada da empresa na Bolsa de Valores?

Ao trazer o Mater Dei para a Bolsa de Valores, fortalecemos ainda mais aspectos de governança corporativa. Temos o Conselho de Administração desde 2011, inclusive com conselheiros independentes. Nós não éramos auditados por uma Big Four, mas nos auditamos por uma Big Four para o processo de abertura de capital. Hoje somos auditados pela Ernest Young. Incorporamos também a área de Relacionamento com Investidores, pois é uma área que recebe bastante feedbacks que nos ajuda no dia a dia. A gente fortaleceu sem sombra de dúvidas processos chaves para nossa operação. Desde processos financeiros, operacionais, de experiência dos nossos pacientes, de qualidade institucional para ter certeza que a plataforma é replicável, e que a gente de forma efetiva pudesse integrar as unidades que foram adquiridas e, depois do nosso processo de crescimento inorgânico por aquisições, certamente fortaleceu essas competências da Rede Mater Dei.

O Hospital Mater Dei de Salvador tem crescido de forma significativa. Ele registra mais de 430 mil vidas credenciadas junto a operadoras de planos, um número muito acima da média. A que se deve esse sucesso?

O Mater Dei Salvador tem sido um de sucesso, um hospital de grande diferenciação para aquela região, é um hospital e o centro médico. São mais de 70 mil metros quadrados de área construídos, os dois juntos, tem quase 400 leitos. É um hospital que atende pediatria, um hospital completo. É um de sucesso pela quantidade de credenciamentos com operadoras que a gente conseguiu, e também um de sucesso pela qualidade do corpo clínico que a gente conseguiu atrair.

O Hospital Mater Dei de Belo Horizonte é considerado um hospital premium, pelo seu atendimento, como por exemplo, já ter operado o jogador Neymar. Quais os projetos para essa unidade?

Desde a nossa fundação, em 1980, atender de forma diferenciada os nossos pacientes, né? Trazer aspectos de humanização, de diferenciação, de personalização pro nosso atendimento e à medida que o tempo foi passando a gente viu o Mater Dei se consolidando como uma instituição que consegue entregar bons resultados. Hoje nós temos nas nossas unidades um NPS que é a ferramenta mais utilizada mundialmente para medir satisfação dos pacientes. Algumas das nossas unidades têm índices maiores do que 80%.

Mesmo com o mercado instável, a empresa continuará seguindo o seu cronograma de crescimento?

Nova Lima é um exemplo de como a gente continua acreditando no mercado de saúde brasileiro e também no mercado de saúde da nossa Região Metropolitana de Belo Horizonte. Acreditamos que uma estratégia que tenha eficiência operacional, diferenciação na forma do atendimento, mas, principalmente que coloque o paciente no centro do cuidado e que tenha os esforços de todos os índices para entregar a melhor assistência possível, acreditamos que essa estratégia vai sempre ter espaço, independente se o setor passe por dificuldades. E assim como o hospital de Nova Lima, vamos seguir com novos projetos para a Rede Mater Dei, acreditando que podemos ser, e vamos ser, uma plataforma consolidadora de serviços médicos hospitalares no país.

E como será o novo hospital em Nova Lima?

Será um hospital de cerca de 120 leitos de diversas especialidades, um centro cirúrgico completo, avançado e muito tecnológico. Será um hospital de altíssima qualidade, com uma estrutura super diferenciada em termos de acomodações, de fluxos. Ele terá três andares de escadas rolantes para poder facilitar o deslocamento das pessoas. Uma área de ambulatório também diferenciada, porque também teremos uma parceria muito forte com o corpo clínico. Por causa do trânsito da região Centro-Sul de Belo Horizonte, dos nossos outros hospitais, era importante para a Rede Mater Dei está localizado em Nova Lima também.