• abril 18, 2024
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Exposição na Casa Fiat apresenta seleção inédita de 50 obras

Exposição na Casa Fiat apresenta seleção inédita de 50 obras

Exposição “Visível Sensível: do Colecionismo ao Museu” apresenta seleção inédita de 50 obras colecionadas ao longo de seis décadas; mostra fica em cartaz de 23 de abril a 30 de junho 

 

exposição casa fiat cultura
A Casa Fiat de Cultura apresenta nova exposição ” Visível-Sensível: Do colecionismo ao museu” até o dia o dia 30 de junho (Fotos: Divulgação CC/Casa Fiat de Cultura)

 

 

Para além dos museus, as coleções de obras de arte contribuíram para a preservação e a conservação de peças de diferentes linguagens ao longo da história. Diferentemente do que aconteceu em vários países, especialmente na Europa – onde as coleções eram doadas para instituições públicas –, no Brasil, muitos acervos foram mantidos de forma privada.

 

 

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Então, como revelar e tornar pública essa parte da história da arte no país? Esta é a proposta da exposição “Visível Sensível: do colecionismo ao museu na Casa Fiat de Cultura”, que fica em cartaz de 23 de abril a 30 de junho de 2024.

 

A mostra explora a relevância dessas coleções, que fortalecem a presença de Minas Gerais no mapa das artes brasileiras e ainda preenche lacunas da história. Com curadoria de Rodrigo Vivas, doutor em História da Arte, a iniciativa apresenta um recorte de 50 obras que pertencem ao Centro de Memória Usiminas, localizado em Ipatinga (MG).

 

Pela primeira vez, esculturas, pinturas, desenhos e gravuras dos séculos XX e XXI, colecionadas ao longo de quase seis décadas, são expostas de maneira inédita.

 

Exposição diversa

 

A mostra se destaca pela diversidade do acervo, que apresenta obras de diferentes épocas, bem como pela origem dos artistas: além dos mineiros, o público poderá conferir nomes de todo o Brasil. Amilcar de Castro, Lorenzato, Yara Tupynambá, Amélia Toledo, Bruno Giorgi, Jorge dos Anjos, Franz Weissmann, Manfredo Souzanetto, entre outros, ilustram um percurso que leva o público a referências relevantes da arte produzida no país.

 

Formada por seis núcleos, a exposição não tenta ser uma linha do tempo, mas uma espécie de constelação, em que obras de diferentes períodos se cruzam e podem ser percebidas a partir de visões e forças distintas.

 

Entre os temas propostos pela mostra, estão o conceito de colecionismo, os diálogos que as obras criam com o espectador, as narrativas simbólicas dos trabalhos apresentados, os caminhos da representação e a tradução dos interesses individuais para conexões coletivas.

 

O percurso narrativo contempla várias linguagens e abrange os caminhos seguidos pela arte brasileira, bem como os diálogos que podem ser desenvolvidos entre essas obras e a cena contemporânea.

 

 

 “Essa iniciativa revê a trajetória da arte em Minas Gerais e no Brasil, ao mesmo tempo em que discute a formação de coleções e a difusão dessas obras de forma ampla.” Segundo ele, os itens selecionados são objetos de memória, mas também de novas experiências. “O visitante terá a possibilidade de conhecer obras fundamentais da arte brasileira que ainda não foram vistas, e de conviver com um percurso que aproxima formas de experenciar a arte”, explica Rodrigo Vivas.

 

 

Segundo o presidente da Casa Fiat de Cultura, Massimo Cavallo, a exposição desvela um acervo de extrema importância, construído minuciosamente há seis décadas, e é capaz de preencher lacunas do conhecimento público da arte brasileira.

 

 

“A trajetória das artes é contada em coleções e acervos de acesso público e universal, mas existem histórias, verdadeiros tesouros, guardados em coleções e acervos privados. A iniciativa promove a ampliação do acesso a uma produção artística que demonstra a contribuição do colecionismo na construção da memória e da identidade de Minas e do Brasil.”

 

O colecionador de arte

 

Os colecionadores de arte podem ser movidos por diferentes razões: o apelo estético das obras, questões sociais e políticas ou mesmo a pura e simples paixão. Sejam quais forem os motivos, o colecionismo é encontrado em várias sociedades.

 

Quando essas coleções reúnem obras de arte, elas ganham outra dimensão simbólica, em uma rede complexa, que promove discussões sobre os desejos dos colecionadores e as conexões que podem ser criadas a partir dos itens colecionados.

 

 

“O caminho pensado pela curadoria foi o da valorização de formas de experenciar a arte e a possibilidade de pôr em diálogo obras de arte que, por muito tempo, pertenciam à experiência individual”, destaca Rodrigo Vivas, curador da exposição.

 

 

Para fomentar essas reflexões, a exposição recebe o visitante com um “Gabinete de Curiosidades”, que exibirá imagens e textos que discutem o desenvolvimento das coleções e a importância do colecionismo para a história da arte. Nesta primeira sala, será mostrado, por meio da expografia, como as pequenas coleções privadas foram precursoras da constituição dos museus, da organização das exposições, e ajudaram a formar os acervos públicos em todo mundo.

 

 

Confira a galeria de fotos:

 

 

Exposição e bate-papo com o curador

 

Estabelecendo uma conexão entre as coleções privadas e o acesso ao público, Rodrigo Vivas, doutor em História da Arte e curador da exposição, seleciona e categoriza as obras do acervo em seis módulos, demonstrando seus elementos comuns.

 

As pinturas, esculturas, os desenhos e as gravuras apresentadas criam a narrativa da história da arte brasileira, contemplando seus caminhos e criando uma constelação de obras, as quais se relacionam e podem ser percebidas por diferentes visões e forças.

 

As estratégias da curadoria, as histórias das selecionadas, os bastidores da exposição e as questões relacionadas ao público e ao privado de coleções serão alguns dos temas abordados no bate-papo, no dia 23 de abril, às 19h30, que marca a abertura da exposição. Ao final, será realizada uma visita à exposição.

 

As inscrições devem ser feitas pela Sympla. Toda a programação é gratuita.

 

 

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